Monday 24 June 2013

Daftside by Nicolas Jaar

Nicolas Jaar gravou um álbum de remixes do novo álbum dos Daft Punk. O resultado é o que vos deixo para ouvirem, que funde a tão conhecida sonoridade Daft Punk com o cunho Daftside.

Sunday 23 June 2013

Ring it on #80

Love at first... bite


 Já não os comia há uns bons meses, mas hoje comprei um pacotinho e já me estive a desgraçar. Sou uma vergonha, é o que é, mas gosto mesmo muito de jelly beans.

Saturday 22 June 2013

Put a smile on your face...

and make the world a better place, já dizia a outra (a outra é a cantora Vitamin C, que em 1999 tinha o cabelo em tons de laranja e fez sucesso com a música "Smile", que deixo no final deste post).

Continuando... serve o  presente comunicado para vos informar que, a partir de agora e à semelhança da rubrica "Ring it on", haverá aqui no blog outra intitulada... PUT A SMILE ON YOUR FACE!

Pois é. A ideia é mesmo essa, por-vos a sorrir e, já agora, por-me igualmente a sorrir a mim. Por isso, estão desde já convidados a participarem na coisa. Aceitam-se sugestões de tudo o que vos faça sorrir para o hundresses@gmail.com. Pode ser o que quiserem, uma frase, uma imagem, um vídeo, uma música... O importante é ficarmos aqui com uma espécie de injecções de boa disposição, daquelas que não doem e que ninguém se importa de fazer o reforço.

Combinado?


Super lua-cheia



É já na noite de amanhã para segunda-feira que a lua cheia vai parecer ainda mais cheia:


Tiger

Hoje estive na TIGER. Trouxe comigo um porta-jóias muito giro, verde-alface e em forma de cacto por €3. Pena estar sem máquina fotográfica e não haver nenhuma imagem dele no site para vos mostrar. Paciência. Mostro-vos outras coisas de lá, que também gosto muito:










Em Lisboa, existem 2 lojas TIGER. Uma fica na Baixa (Rua da Prata) e a outra no Dolce Vita Tejo.

Friday 21 June 2013

Informações úteis (ou não) que se aprendem nos programas da manhã

  1. Comer maçãs faz bem aos rins;
  2. Os frutos vermelhos combatem o ANTI-envelhecimento (e não o envelhecimento, atenção)
  3. Comer maçãs faz bem aos rins;
  4. Há pessoas que estão num "pé de igualdade igual";
  5. Comer maçãs faz bem aos rins;
  6. "Anteontem" diz-se "ONTEontem".
Vou-vos informando caso haja novidades.

Welcome Summer


Vê lá se te mostras mais, sim?

Thursday 20 June 2013

Fernando Pessoa

Segundo um estudo do Projecto SAPO Labs com a Universidade de Lisboa, este poema, Tabacaria, de Fernando Pessoa, é o mais citado nas redes sociais (os dois versos mais citados estão em negrito), estudo este que revela também que Pessoa é o poeta português mais conhecido dentro e fora de Portugal e, provavelmente, também o mais citado. Mais informações aqui.

Tabacaria

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Ring it on #76 to #79

Second Body









Tudo Bershka.

Diário de uma constipação

Era o que eu podia ter escrito nestes últimos quatro ou cinco dias. E tudo começou com a tal dor de garganta, de que vos falei no domingo. Meteu ranho, olhos a arder, dor de cabeça e no corpo em geral, perda de olfacto num dos dias (o que não me acontecia há séculos, se é que alguma vez aconteceu, assim totalmente como desta vez) e alguma perda de paladar mas, no geral, foi uma constipação muito fraquinha. Entretanto já estou bem e pronta para outra (não precisa é de ser já, está bem?), só continuo fanhosa, ranhosa e rouquenha.

Tenham um bom resto de dia.



Sunday 16 June 2013

Dressy Collection by Bershka



Gosto destes dois macacões da Bershka, principalmente do branco.

Chá de hortelã

Ontem andei de pescoço ao léu num final de tarde um bocadinho ventoso e frio, por isso esta manhã acordei com a impressão de ter engolido um canivete suíço que me ficou preso na garganta.

Não sou muito "cházeira", mas hoje valeram-me dois chás de hortelã, um deles com mel, para aliviar a dor de garganta (que ainda aqui anda, a safada).

Diz que o chá de hortelã tem muitos benefícios, de entre os quais:
  • alivia dores musculares
  • ajuda no tratamento de tosses e constipações
  • ajuda a combater vírus e bactérias
  • é uma fonte de vitaminas do complexo B
  • ajuda na digestão
  • ajuda no emagrecimento
  • alivia cólicas e dores de estômago
  • melhora o hálito
  • tem propriedades calmantes
e... tcharam!
  • combate dores de garganta
Bom resto de domingo e bons cházinhos.

Thursday 13 June 2013

Porquê?

Porque é que ninguém faz um erro destes eu meu benefício?

Baking Made Easy

Anteontem, na SIC Mulher, vi este programa pela primeira vez. Chama-se Baking Made Easy e é um programa de culinária, no qual são apresentadas receitas que têm em comum passarem todas pelo forno durante a sua preparação. É apresentado pela própria chef, Lorraine Pascale, antiga modelo que se dedica agora - e faz ela muito bem - à cozinha. 


Eu fiquei a babar com todas as receitas. Olhem só para isto:

Estes bolinhos chamam-se flapjacks

palmiers de tomate seco e rosmaninho


brownies com bolacha tipo Oreo

Apanhei estas receitas no programa de há dias, entre outras. Mas há mais - muito mais! - aqui e aqui.

Elephant Ring Holder



A minha irmã ofereceu-me este ring holder da Asos o mês passado. Os anéis podem ser colocados na base, como se vê na imagem, mas também na trombinha do elefante. É tão giro, não é?

Monday 10 June 2013

Esperava isto de qualquer pessoa, menos de ti, Lene.



Ainda me lembro do quanto gostava desta música, tinha eu para aí os meus 12 anos. A melodia era amorosa, a voz da cantora muito fofinha e, quanto à letra, entendia o "I'm sitting down here" e pouco mais, o que me levava a cantarolar a música naquele inglês muito próprio - e incompreensível - das crianças (sim, eu sei que já tinha 12 anos, mas era parva, o que é que querem?). Eis senão quando me lembro de ouvir a música hoje e me deparo com isto (que coloco a vermelho, em itálico, a negrito e sublinhado, para um efeito dramático):

"You may think that I'm loser,
That I don't really care
You may think that it's forgotten,
But you should be aware
Cause I've learned to get revenge
And I swear you'll experience that someday
"

Impressionante como uma pessoa com uma voz delicodoce e a tocar viola pode dizer o que quiser que soa sempre bem, não é? A miúda, afinal, era vingativa! Anda uma pessoa a achar que as coitadas da Rihanna, da Beyoncé e da Lady Gaga é que têm músicas com mensagens subliminares e são amigas do demo e mais não sei o quê e, vai-se a ver, a maldade nas canções já é, literalmente, coisa do século passado.


Lene Marlin: a amaldiçoar através da música desde 1999.


Estou muito triste contigo, Lene, muito triste.




Saturday 8 June 2013

Ring it on #69 to #71






Anéis quartzo e anel entrelaçado, Massimo Dutti.

Pensamento do dia

"Nunca imaginei chegar a Junho a vestir, essencialmente, a mesma roupa que vestia em Novembro passado."


Hundresses

P.S.: Sim, eu ando um bocadiiiinho obcecada com o (mau) tempo.